domingo, 27 de março de 2011

Revolução Liberal Portuguesa

Seguindo os exemplos de vários outros países da Europa, e tendo como base muitos dos seus ideais, em 1822 Portugal fez a sua própria revolução Liberal tomando medidas de acordo com os interesses da Nação.
Defendendo que todos deveriam, não só ser dotados do direito à propriedade (até ai exclusivo) como ainda de todas as potras liberdades.
Ficava assim assente a liberdade de cumprir ou não a lei (podendo ser punido de acordo com os seus actos, mas nunca obrigado a realiza-los), liberdade de permanecer em liberdade até haver um julgamento que confirme a gravidade das suas acções (a não ser que esta não vão de encontro à lei), liberdade de pensamentos e opiniões, sem censura previa (embora limitada pela igreja), igualdade de todos perante a lei, abolição da tortura e da confiscação de bens, igualdade de oportunidades, direito de reclamar e abolição dos direitos feudais.
Todas estas linhas eram resultantes das influências liberalistas internacionais, no entanto continha outros princípios nacionalistas como forma de cobrir as necessidades da nação.
Assim era defendido o proteccionismo económico, como forma de diminuir as importações e aumentar as exportações. Esta política era sustentada pelos direitos aduaneiros elevados, que ao serem colocados sobre as importações, levavam a que os produtos nacionais fossem mais solicitados (obrigando ainda a um aumento da produtividade).
Para que tudo isto resultasse desenvolveram-se novas técnicas de transporte e comunicações e travaram-se as regalias agrárias, tanto da coroa como da igreja.
Dento de todos estes princípios, as colónias estavam, pelo menos teoricamente incluídas.
A revolução portuguesa manteve o poder real, atribuindo-lhe o poder executivo (resultante de uma repartição tripartida do poder). Portugal continuava assim a ter uma monarquia, no entanto esta deixava de ser absoluta e passava a ser liberal, respeitando os direitos e deveres de toda a nação.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Revolução Francesa

Tendo ajudado a América na luta pela sua independência, França entrou cedo em contacto com os ideais iluministas.
Revoltados com o extremo absolutismo que se fazia sentir, com a pobreza e as altas desigualdades socais, em 1789 é a vez de França fazer a sua própria revolução liberal.
Quebrando a ideia de que uns nascem para servir e outros para ser servidos, os Liberalistas apoiavam-se em 3 grandes ideais: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Abrindo caminho aos filósofos e aos ideais iluministas, a revolução Francesa ultrapassou determinadas barreiras sociais, tentando levar a razão a toda a sociedade.
Apesar da revolução Americana ser a 1ª revolução liberal, é sem dúvida a revolução francesa que vai ter uma maior relevância, tanto ao longo do séc.XVIII, como de toda a história. Esta revolução, marca não só o fim do absolutismo francês como impulsiona a decandencia dos regimes feudais e absolutistas na restante Europa.
A implementação destes ideais Liberalistas, permitiu diminuir as desigualdades, retirando às classes mais altas (nobreza e clero) os privilégios que estes tinham até ai.
A revolução francesa foi concretizada pelo povo. Este saiu à rua, lutando pelos seus direitos!
Apesar de ser o povo quem dava corpo á revolução, era a burguesia que o mantinha unido e motivado.
Os burgueses, pertenciam ao 3º estado, e apesar de terem a riqueza das classes mais altas, não tinham nem o prestigio nem os privilégios.
Foi a burguesia que não só despertou o povo para a revolução, como também tomou controle da situação pós-revolução instituindo uma ditadura revolucionária e democrática dos jacobinos, que permitiu resolver os principais problemas franceses, num curto espaço de tempo.
Lutando, com a ajuda do povo, contra as lutas contra-revolucionárias, por parte dos nobres e da igreja, a burguesia abriu assim caminho para um espírito democrático em França. 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Revolução Liberal Americana

Tanto na idade média como no antigo regime, a Europa encontrou-se envolvida em dois grandes regimes, ambos marcados pelas desigualdades.
São eles, o feudalismo e o absolutismo, que vivendo com uma sociedade de ordens, defendiam a diferença entre classes, aceite por todos por ser de origem divina.
Foi então que em 1776 se deu, na América, a primeira revolução liberal da história.

Principalmente após 1763, Inglaterra devido às consequências da guerra com França, decidiu reforçar o seu poder sobre as colónias Americanas.
Impondo ao máximo a sua politica colonial, que não permitia às colónias comercializar com ninguém para além da metrópole, Inglaterra decide aumentar os impostos.
Aproveitando o apoio de alguns ingleses, vindos para a América após perseguições de origem religiosa, as 13 colónias do norte americano iniciaram a propaganda que deu inicio à 1ª Revolução Liberal da história, em 1776.
Defendendo ideais iluministas, os Americanos contaram ainda com o apoio de França na luta contra Inglaterra, pela sua independência, acabando por motivar mais tarde a que estes fizessem a sua própria revolução.
Foi assim que surgiu a Declaração de Independência Americana que defendia os seguintes ideais:
- Igualdade entre os homens
- Direito à liberdade, à vida e à felicidade
- Crença no divino
- Sufrágio Universal
- Direito de substituir o governo
- Divisão de poderes

Todos estes ideais vieram assinalar a chegada do Liberalismo, encerrando a época moderna e inaugurando o inicio da época contemporânea.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sociedades do Antigo Regime- Absolutismo

Entre o século XVI e XVIII, período denominado por Antigo Regime, criaram-se na Europa uma série de regimes Absolutistas.

Acreditando que o seu poder era de origem divina, os reis absolutistas caracterizavam-no como:

Paternal- Pois só ele pode satisfazer as necessidades do seu povo.
Absoluto- Deixa de ter cortes, passando todas as decisões do Reino a serem tomadas só pelo Rei.
Racional- Pois está submetido à razão.
Sagrado- Pois Deus é que atribui poder ao Rei.

O poder Real era assim completamente absoluto, pois negando qualquer possibilidade de divisão de poderes, englobava em sim todas as decisões legislativas, executivas e judiciais.

Os Rei do Antigo Regime chegaram mesmo a afirmar que "o Estado sou Eu".




As sociedades do Antigo Regime foram caracterizadas por sociedades de ordens, marcadas pela desigualdade social aceite por todos por ser de origem divina.

Estando estratificadas em três grupos sociais juridicamente diferenciados.

Eram eles o Clero (que por estar ligado a Deus se encontrava em primeiro lugar nesta hierarquia), a Nobreza, e por último o terceiro estado, composto pela burguesia e o povo.

As duas primeiras ordens eram privilegiadas e defendiam  que toda esta desigualdade natural, criada por Deus, deveria ser aceite, pois enquanto que uns nasciam para comandar outros nasciam para obedecer.

Referiam-se portanto ao terceiro estado, que estando no fundo da hierarquia, tinham todo o tipo de obrigações mas nenhum tipo de privilégios. Eram eles que obedeciam, trabalhavam, serviam e pagavam impostos tanto à nobreza como ao clero.

Outra das grandes caracteristicas das sociedades absolutistas era o facto de serem sociedades de símbolos.

Para demonstrar a sua superioridade, as classes priveligiadas, criam uma série de "regras" de tratamento a dar e a receber dentro da sociedade, evidenciando as desigualdades nela presentes, e reforçando toda esta hierarquia social.